Serviço de pagamentos PayPal e o site do banco PostFinance ficam quase 11 horas fora do ar
A notícia da prisão do australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, acirrou os ânimos de ativistas na internet. Hackers que dizem se identificar com o site dedicado a revelar documentos confidenciais atacaram duas empresas de quem Assange foi cliente até a recente publicação de 250.000 despachos sigilosos da diplomacia americana.
De acordo com a companhia de segurança digital Panda Security, o sistema de pagamentos on-line PayPal, que suspendeu o link de doações ao Wikileaks, e o banco PostFinance, que congelou a conta de Assange, chegaram a ficar quase 11 horas fora do ar. O método utilizado para atingir as empresas é conhecido como negação de serviço (sigla DDoS em inglês), em que vários computadores são utilizados para enviar dados em massa aos servidores com o objetivo de derrubá-los por excesso de tráfego.
O Grupo SGAE, que assumiu a autoria dos ataques, divulgou um comunicado onde afirma que vai “disparar contra qualquer pessoa que queria censurar as informações divulgadas”, incluindo o Twitter. O serviço de microblog negou ontem ter apagado a tag #wikileaks de seus temas em destaque.
Assange se entregou nesta terça-feira à polícia britânica, em Londres, por acusações de crimes sexuais praticados em agosto contra duas mulheres na Suécia.